(Escrito em Maio/2010)
Sabe aquela música de Vinicius de Morais:
“Era uma casa muito engraçada não tinha teto não tinha nada (…)”
Pois imagine uma casinha, não como a de Vinicius, mas uma casinha com teto, com tudo, apenas sem chão. Imaginou? Pois bem, sou eu, hoje. Mas SÓ hoje!
O teto seria em que acredito (Deus, amor, família, amigos, etc.). Tudo é o que restou, pois por mais que a vida tire, sempre terei tudo. Porque o tudo vem de dentro e não dos outros. Chão é aquela referência, aquela base, aquele exemplo daquilo que acredito, é em QUEM eu acredito.
Casinha sem chão, para alguns possa ser um EXAGERO, visto que um pequeno pedaço apenas de chão foi destruído. Mas aos olhos da dona da casinha, não é. Pois hoje ela pisava exatamente naquele metro quadrado que quebrou e ela escorregou… então é como se todo o piso também pudesse quebrar… e é daí que vem a sensação de ‘sem chão’, não é nem tanto pelo azulejo quebrado, mas pelo receio que todos sejam igualmente frágeis.
Mas como o teto foi muito bem construído ao longo de 22 anos, ‘sem chão’ hoje, amanhã não mais. O que importa é indestrutível as atitudes humanas.
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Assobio do dia:
Talvez se esperássemos menos das pessoas, talvez se construíssemos fortes impenetráveis ao invés de casinhas cheias de portas e janelas, talvez fôssemos inabaláveis… mas, com certeza, bem menos humanos.
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